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Câmara para o PS, Assembleia para a Coligação Mais: Tomada de posse em Paços de Ferreira dita novo equilíbrio de poder
Por Administrador
Publicado em 06/11/2025 16:58 • Atualizado 06/11/2025 17:24
Local e Regional

Esta quarta-feira, dia 5 de novembro, decorreu a cerimónia de instalação dos novos órgãos autárquicos de Paços de Ferreira para o ciclo 2025-2029. A sessão solene teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Município.

 

Paulo Ferreira tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, liderando um executivo que integra ainda os vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Andreia Nunes, Júlio Morais e Amância Santos.

Pela oposição, tomaram posse os vereadores eleitos pela Coligação Mais (PSD/CDS-PP/IL), Alexandre Costa, Luís Miguel Martins e Carla Leal.

Paulo Fereira toma posse com "enorme responsabilidade" e promessa de "rigor" e "proximidade"

 

No seu primeiro discurso como presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, o autarca destacou a "muito expressiva maioria" como um "mandato de responsabilidade" e garantiu o cumprimento integral do programa eleitoral.

Paulo Ferreira assumiu, "com profunda honra e um enorme sentido de responsabilidade", o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira. Num momento que classificou como "um dos mais marcantes" da sua vida, o novo autarca sublinhou a coincidência da posse com as vésperas da celebração dos 189 anos de elevação de Paços de Ferreira a Concelho.

"Receber deste povo a legitimidade democrática, manifestada por uma muito expressiva maioria, é, para mim e para a nossa equipa, um imenso orgulho. Mas, é simultaneamente uma enorme responsabilidade", declarou Paulo Ferreira.

O presidente empossado afirmou que este mandato une "emoção e razão": a emoção de "amar o concelho" e a razão de quem sabe que "governar exige rigor, critério e respeito pelo erário público""contas certas" e "gestão responsável".

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Cumprimento integral do programa

 

Paulo Ferreira destacou que a "vitória por maioria absoluta" nas eleições de 12 de outubro é "uma demonstração clara da legitimidade para governar", mas também "um mandato de responsabilidade. Muita, mas mesmo muita responsabilidade".

Nesse sentido, garantiu que a nova equipa irá "honrar essa confiança com trabalho, com seriedade e com resultados concretos""Assumimos hoje o compromisso de cumprir integralmente o programa eleitoral que apresentamos", afirmou.

Entre as "muitíssimo rol de prioridades", o autarca destacou: "O contínuo reforço do investimento na educação", desde as creches a escolas modernas; "a aposta na mobilidade e nos transportes públicos"; o "apoio às famílias e aos idosos"; o "incentivo à economia local e às nossas imprescindíveis empresas"; e o "compromisso com a transparência" e "absoluto rigor financeiro".

"Aliados" das Juntas de Freguesia

 

Numa "palavra muito especial" dirigida aos presidentes de Junta de Freguesia eleitos, Paulo Ferreira prometeu uma relação de total cooperação.

"Quero dizer-vos que este executivo conta muito convosco. Seremos aliados nesta governação, parceiros de proximidade", assegurou, afirmando que a Câmara Municipal estará "fortemente alinhada" com as 16 freguesias. "Este trabalho de proximidade será uma das nossas grandes premissas", acrescentou.

O novo presidente deu ainda as boas-vindas às novas vereadoras Andréia Nunes e Amância Santos, agradeceu a "profunda lealdade" do vereador Júlio Morais, e deixou "uma palavra de apreço" à oposição (Carla Leal, Alexandre Costa e Luís Miguel Martins), sublinhando a necessidade de "trabalhar conjuntamente" pelo "futuro do concelho"

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"A maioria não me muda"

 

Paulo Ferreira dirigiu-se também aos funcionários da Câmara Municipal ("Nada se faz sem vocês") e deixou um apelo à "geração mais jovem" do concelho ("Participem, mobilizem-se").

Numa nota pessoal, o autarca garantiu que a vitória expressiva não o altera. "Continuo a ser a mesma pessoa, rigorosamente a mesma pessoa. Não há em mim um ser político diferente do ser humano que sempre fui e sempre serei", disse, reiterando a sua fidelidade "intransigente" a valores como "a democracia, a transparência, o rigor e a igualdade".

"Hoje iniciamos um novo ciclo, um ciclo de esperança, de trabalho e de compromisso. (...) Vamos cumprir o nosso mandato com total transparência e resultados. (...) Vamos ao trabalho juntos, sempre juntos", concluiu.

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Economia, Educação e Seniores definidos como pilares

 

 

Questionado sobre quais seriam os pilares para este primeiro mandato, Paulo Ferreira destacou várias áreas de intervenção prioritárias.

"Desde logo a questão económica, obviamente que a aposta nas nossas empresas e no crescimento económico", afirmou o autarca.

Paralelamente, o presidente da câmara garantiu que "a educação continuará a ser uma prioridade absoluta". A estes pilares, Paulo Ferreira acrescentou "uma política muito dirigida aos nossos seniores" e um "conjunto de obras e equipamentos".

Neste último ponto, detalhou ainda o foco em "zonas verdes, questões relacionadas com os transportes" "questões relacionadas também com os apoios à nossa população mais juvenil", dando como exemplo "as bolsas universitárias que fazem parte do nosso programa eleitoral".

O objetivo, concluiu, é alcançar um "desenvolvimento concertado do concelho, quer do ponto de vista humano, quer do ponto de vista económico".

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António Coelho, da Coligação Mais, eleito presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira

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António Coelho ladeado por Célia Pereira e Célia Carneiro.

O candidato da Coligação PSD/CDS-PP superou Miguel Costa na votação interna, apesar de a força política de Costa ter sido a mais votada nas eleições autárquicas para a Assembleia.

António Coelho, da Coligação Mais (PSD/CDS-PP), é o novo presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira. A eleição decorreu na primeira reunião do órgão, onde foram apresentadas duas listas à votação.

A lista encabeçada por António Coelho conseguiu 20 votos, enquanto a lista liderada por Miguel Costa obteve 16 votos. Registou-se ainda um voto em branco.

Este resultado surge depois de, nas eleições autárquicas, a força política de Miguel Costa ter sido a mais votada para a Assembleia Municipal, com 44,58% dos votos.

A composição da Assembleia Municipal, que totaliza 37 membros, foi decisiva para este resultado. O Partido Socialista (PS) detém 10 deputados eleitos diretamente e 5 presidentes de junta (membros por inerência), somando 15 mandatos. A Coligação Mais (PSD/CDS-PP) conta com 9 deputados eleitos e 11 presidentes de junta, alcançando um total de 20 mandatos. A Assembleia integra ainda dois deputados do Chega.

A mesa eleita, liderada por António Coelho, fica completa com Célia Carneiro e Célia Pereira.

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Após a sessão, em declarações aos jornalistas, o novo presidente da Mesa da Assembleia Municipal explicou que, apesar de a força política de Miguel Costa ter tido a maior votação popular, a sua eleição era "expectável".

Uma "clara maioria" tornava resultado "expectável"

 

Questionado sobre a aparente contradição entre a vitória do PS na votação direta para a Assembleia e a vitória da Coligação Mais (PSD/CDS-PP) na eleição da mesa, António Coelho lembrou que a eleição da mesa "é uma eleição indireta, não é eleição diretamente da população, é uma eleição feita no órgão".

O novo presidente sublinhou que a sua coligação tinha a maioria dos membros: "diretamente do resultado eleitoral tivemos nove mandatos, com 11 das juntas de freguesia, tínhamos 20, tínhamos uma clara maioria".

Para António Coelho, o resultado cumpre "um projeto global em que as juntas de freguesia estão claramente no centro de todo o processo de desenvolvimento para o PSD".

 

                                          "Mais diálogo" é o desafio após 12 anos de PS
 

Ao assumir um órgão liderado pelo Partido Socialista nos últimos 12 anos, António Coelho considerou o momento "uma grande honra" e afirmou que "há todas as condições para que haja aqui um desenvolvimento de um trabalho político interessante".

No entanto, deixou claro que o novo equilíbrio de forças exigirá uma nova postura. "Tem que haver disponibilidade para dialogar entre as forças políticas", afirmou, acrescentando que "terá que haver mais diálogo entre estes dois órgãos", o deliberativo (Assembleia) e o executivo (Câmara Municipal).

"Temos que encarar isto como um desafio, não como uma dificuldade", disse, mostrando-se confiante de que "haverá capacidade de convergir" nos "assuntos essenciais para a vida das pessoas e do concelho".

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Assembleia não será "contrapoder" à governação socialista

 

António Coelho, cuja coligação detém agora 11 das juntas de freguesia, garantiu que a Assembleia Municipal não irá criar bloqueios à governação da Câmara Municipal, liderada pelo PS.

 

"O órgão Assembleia Municipal (...) não vai ser um contrapoder, nem é isso que se propõe", assegurou. O objetivo, explicou, é "estimular o debate político para que seja o mais produtivo e o mais sério possível".

O novo presidente rejeitou "linhas vermelhas" e defendeu a "construção de pontes entre as forças políticas", o que "não tem que ser unanimismo".

Lembrou ainda que a Assembleia "não apresenta propostas" como o orçamento ou o plano de atividades, sendo essa uma competência do executivo. À Assembleia cabe "avaliar e pronunciar-se" sobre essas matérias. "Não antevejo que haja nenhuma crise por força deste equilíbrio de forças", concluiu.

Maioria será usada com "responsabilidade"

 

Embora a Coligação Mais detenha a maioria das votos na Assembleia, António Coelho prometeu cautela no seu uso. "O PSD nunca usará a maioria... só para fazer algum impedimento a que algo possa vir a acontecer. Fará de forma responsável", declarou.

O autarca só admitiu um cenário de bloqueio caso haja "da parte do Partido Socialista uma indisponibilidade absoluta para, em algumas matérias, estar disponível para ceder", algo que disse não esperar que aconteça.

"Não haverá nenhum empecilho institucional para que o concelho continue a prosperar", garantiu, considerando uma "honra" presidir ao "órgão mais representativo da comunidade", cuja dinâmica, este mandato, se torna "mais interessante" pela presença de mais uma força política.

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Miguel Costa despede-se da Assembleia Municipal com apelo ao diálogo e elogios ao novo executivo de Paulo Ferreira

 

No seu discurso de cessação de funções, o presidente da Assembleia salientou as "bases sólidas" deixadas pelo anterior executivo e a "vitória expressiva" do Partido Socialista, que traz uma "responsabilidade acrescida".

Miguel Costa despediu-se da presidência da Assembleia Municipal de Paços de Ferreira "com um misto de emoções" e a "serenidade de quem cumpriu o dever". No seu último discurso na função, que marcou também a tomada de posse dos novos eleitos, o presidente cessante (do Partido Socialista) defendeu o legado do seu mandato e o do anterior executivo, liderado por Humberto Brito, e deixou uma mensagem de confiança no novo presidente da Câmara, Paulo Ferreira.

"Foram anos de muito trabalho, de debate vivo e democrático, mas também de cooperação, de respeito e de sentido de missão", afirmou Miguel Costa, sublinhando que procurou "sempre ser um Presidente de diálogo, de equilíbrio e de união".

Destacando a Assembleia Municipal como a "casa da pluralidade", agradeceu aos membros cessantes, aos funcionários do município ("pelo seu profissionalismo, muitas vezes invisível") e deixou "um reconhecimento muito especial e sincero ao anterior executivo municipal liderado por Humberto Brito".

"Bases sólidas" e "vitória expressiva"

 

Miguel Costa realçou as "conquistas importantes" do mandato anterior, afirmando que "o trabalho realizado neste período deixou bases sólidas em várias áreas", como a educação, coesão social e investimento público.

Sobre os resultados eleitorais recentes, o presidente cessante destacou que, "nas últimas eleições, os pacenses confiaram em nós [Partido Socialista], dando-nos uma vitória expressiva e uma maioria absoluta". Considerou esta vitória uma "clara demonstração de confiança" que representa, não um fim, mas "uma responsabilidade acrescida que deve ser exercida com humildade".

Entre os "motivos de orgulho" do legado, Miguel Costa deu ênfase particular à educação, "o verdadeiro motor do desenvolvimento e da igualdade das oportunidades". "Trabalhamos para que nenhuma criança ficasse para trás", declarou.

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O futuro: Centro Tecnológico e novo Centro de Saúde

 

Olhando para o futuro, o autarca socialista apontou projetos estratégicos para o concelho, como a afirmação de Paços de Ferreira como "polo de inovação", através da criação do "Centro Tecnológico de Madeira e de Imobiliário".

Na saúde, mencionou os "passos decisivos" dados com "o início da construção do novo centro de saúde". A visão, disse, passa por projetar Paços de Ferreira como um "município modelo no país: moderno, inovador, solidário e com qualidade de vida".

Mensagem aos novos eleitos e a Paulo Ferreira

 

Ao empossar os novos membros do Executivo e da Assembleia Municipal, Miguel Costa desejou "um mandato de sucesso" e deixou um conselho: "Que nunca se esqueçam de que aqui representamos pessoas, não partidos, nem interesses, mas pessoas e comunidades. Que mantenham sempre a capacidade de ouvir, de respeitar e de dialogar."

O presidente cessante terminou com "uma palavra especial" ao novo Presidente da Câmara Municipal, Paulo Ferreira. "Para mim, não é difícil falar do Paulo, porque somos amigos há mais de 25 anos", confessou, salientando qualidades como "a sua entrega, a sua qualidade de diálogo, a sua proximidade com as pessoas e o seu amor a esta terra".

"Desejo-te o maior sucesso, porque o teu sucesso será o sucesso de Paços de Ferreira", concluiu Miguel Costa, afirmando sair de funções "com um coração cheio" e o "orgulho de ter servido este concelho".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: www.averdade.com

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